A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) recebeu, na última quinta-feira, 31 de março, o segundo lote de 300 câmeras que serão instaladas nas salas de aula da instituição. Os equipamentos possibilitarão a transmissão do ensino para alunos que optaram por continuar em modelo híbrido.

Outras 100 unidades, já estavam disponíveis desde setembro de 2021. O novo pedido permitirá que a Universidade alcance 97% das salas nos campi Higienópolis, Campinas e Alphaville. O sucesso da implantação, com excelente adesão dos estudantes ao projeto, motivou esta nova rodada.

Muitos alunos haviam sido admitidos durante e pandemia e nem conheciam os prédios da universidade. Hoje, o modelo é híbrido e a nova tecnologia democratizou a escolha por aula remota ou presencial.

A coordenadora de Ambientes Virtuais e Recursos Digitais do Mackenzie, professora Adriana Camejo, explica que o panorama de incertezas provocado pela Covid-19 foi contornado pelo uso do sistema. “Estávamos inseguros em relação aos números da pandemia e sobre o que iria acontecer. Então, considerando o cenário que estava se colocando naquele momento, fizemos um rodízio de alunos, para que eles pudessem começar a frequentar o campus”, conta Adriana.

A professora ainda acrescenta: “Era uma preocupação, porque acreditamos que essa relação com a instituição, no sentido de frequentar e utilizar o espaço, a biblioteca, as salas de estudo, de conhecer esse lugar, faz parte da experiência de ser mackenzista. Com o uso das câmeras, começamos a trazer os alunos de volta às salas de aula”.

O investimento total chegou a R$ 5,2 milhões, sendo R$ 1,3 mi na primeira rodada e R$ 3,9 mi no segundo aporte. Para Camejo, isso reflete a importância dada pela universidade à interação. “A construção do conhecimento se dá quando há a comunicação. Ganhamos muito com essa possibilidade de aproximação, o que nos colocou em um novo contexto de trabalho, de proporcionar boas situações de aprendizagem para os nossos alunos. Temos a possibilidade de interagir com eles em diferentes ambientes, não só em sala de aula”, garante.

Para Camila Cruz Rodrigues, professora de Psicologia na UPM, a ferramenta facilitou a transmissão das aulas ao vivo. Desde que começou a utilizar o equipamento, em outubro de 2021, quando as aulas passaram para o modelo híbrido, ela passou a ter uma preocupação a menos. “A tecnologia faz com que eu não preocupe com minha localização na sala, pois a câmera é capaz de captar bem imagem e som. É um ponto positivo para quem está se dividindo entre os alunos presenciais e os remotos”, avalia Rodrigues, que completa: “A aceitação por parte dos alunos foi boa, até porque muitos ainda optam por ficar em casa”.