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Dicas de Preparação

Processo Seletivo Seriado: seriedade ou aventura?

Saiba mais como funciona este método de seleção já utilizado por algumas instituições de ensino superior

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Saiba mais como funciona este método de seleção já utilizado por algumas instituições de ensino superior

03/10/2011

* por Profª. Wanda Camargo

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A época de ingresso no ensino superior é de grande desgaste para os estudantes e suas famílias. Eliminar o concurso vestibular, que em uma única prova realizada num único dia (ou distribuída em dois ou três dias seguidos, o que faz pouca diferença) pretende avaliar conhecimentos e selecionar alguns candidatos em detrimento de outros, sempre foi o sonho de todos os professores e vestibulandos.

Por isso, neste momento instituições de ensino superior de todo o país repensam seus métodos de seleção e planejam implantar outras modalidades de processo seletivo, e uma delas é o Processo Seletivo Seriado.

Neste processo, a seleção para ingresso é feita através da média obtida pelo aluno, examinado ao final de cada ano letivo do ensino médio. Com o resultado das três provas é calculada a média, e os melhores colocados terão garantido o ingresso na Universidade. O conteúdo cobrado em cada uma das provas é referente apenas ao programa do ano em curso, ou seja, ao concluir cada série do ensino médio é realizada uma prova apenas com os assuntos vistos nesta etapa. A idéia é que o processo seletivo seriado privilegia os estudantes que se dedicam aos estudos durante todo o período escolar.

Os primeiros processos seletivos seriados foram implantados no Rio Grande do Sul, com propostas extremamente sérias de melhoria da qualidade do ensino médio, grande dificuldade de implementação e uma concepção magistral da extensão universitária.

Um processo seriado implica o cadastramento de todas as escolas de ensino médio na região de abrangência de cada instituição de ensino superior. As instituições universitárias serão, em princípio, responsáveis pela aplicação dos testes realizados ao final de cada série. No entanto, não se trata apenas de preparar uma prova (bem feita e coerente) e aplicá-la, mas também, e principalmente, de trabalhar em parceria com as escolas de ensino médio. Esta atividade conjunta trará ganhos de qualidade para ambas, com eventuais alterações curriculares e adoção de metodologias pertinentes e, ao mesmo tempo, adequação das provas aplicadas à realidade regional. O objetivo é permitir que os alunos possam, com equidade, realizar exames ao final de cada etapa e demonstrar suas respectivas maturidades e conhecimento. Sem essas atitudes, difícil garantir chances iguais a todos os alunos.

Algumas instituições universitárias, inclusive no Paraná, paliativamente distribuem aos alunos interessados os conteúdos programáticos que serão cobrados em suas provas, o que constitui uma forma indireta de exigir das escolas de ensino médio o atendimento a estas prioridades.

Um processo seriado envolve a adesão da comunidade para que tenha chance de lograr seus objetivos. Necessita que as instituições de ensino superior realmente se envolvam (e, possivelmente, realizem formação continuada) com os docentes do ensino médio. Algumas IES no Rio Grande chegam a ter mais de 90 mil alunos do ensino médio em sua região de abrangência. É um processo sério e moroso. Necessita grande planejamento e decisão política.

Além disso, o Processo Seletivo Seriado vem sendo um pouco “atropelado” pelo ENEM, que tem outros pressupostos e tende, aparentemente, a se tornar hegemônico.

Neste momento algumas poucas instituições utilizam o ENEM como única modalidade de processo seletivo, já que a divulgação dos problemas (lamentáveis) de sua aplicação e concepção prejudicou sensivelmente a imagem deste exame diante da comunidade. Mas a tendência é de melhoria gradativa deste processo, com consequente maior adesão.

Somos um país conhecido pela profusão de propostas pedagógicas, a maior parte delas longe da obtenção de melhoria da qualidade de ensino. Esperamos não nos tornar também campeões em novas propostas de acesso, se estas não tiverem a seriedade e cuidado no trato educacional como adendo indispensável.

* Wanda Camargo – Presidente da Comissão do Processo

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TOP 5 estratégias dos aprovados em Medicina

Alunos mostram estratégias que fizeram a diferença para aprovação no vestibular de medicina

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4 dicas para quem irá prestar vestibular de inverno em 2024

Medicina é um dos cursos mais concorridos nos vestibulares, de acordo com o estudo de Demografia Médica no Brasil, conduzido pela Faculdade de Medicina da USP, somente em 2023, 963 mil pessoas concorreram a aproximadamente 47 mil vagas para medicina no Brasil, e para isso muitos candidatos cumprem uma longa jornada de estudo para conseguir a sonhada vaga no curso.

Após a pandemia, o estudo online se tornou uma realidade e muitos estudantes utilizam a internet para se preparar, e aqueles que sabem utilizar bem essa ferramenta têm conseguido ótimos resultados nas provas. Segundo uma pesquisa recente do Google, em parceria com a empresa Educa Insights, aulas semipresenciais e EADs são as favoritas em diferentes níveis: graduação (64%), pós-graduação (75%), cursos livres (75%) e idiomas (63%).

“O ensino online é uma realidade no Brasil, a internet trouxe um acervo enorme de informações para aqueles que querem ingressar em uma faculdade principalmente no curso de medicina” diz Michel Arthaud, professor de Química e diretor da Plataforma Professor Ferretto – canal 100% online com foco na preparação para o Enem e vestibulares.

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Por isso, Arthaud convidou 5 alunos da Plataforma Professor Ferretto, que foram aprovados em medicina em diversas faculdades do Brasil para dar dicas preciosas que fizeram diferença em suas preparações aos novos tentantes.

Método de estudo

O estudante de medicina Raimundo Neto, 20, foi aprovado em quatro universidades de medicina: UFC, UECE, UNIFOR e UNICHRISTUS, e se preparou durante três anos até conseguir a aprovação no vestibular. Durante o segundo ano de estudos, ele percebeu que não estava obtendo os resultados esperados e decidiu mudar o seu método. “Antes de começar a me preparar novamente, comecei a procurar estratégias eficazes no meu estudo, para identificar o que estava fazendo de errado. Depois disso, comecei a montar cronogramas semanais e diários para otimizar a minha preparação para o vestibular” , relembra.

Simulados

Estudar junto com outras pessoas ajuda muito no processo. Diogo Prestes, 24, que foi aprovado na UERJ conta que, durante um tempo, estudou junto com um amigo que também queria entrar em Medicina. “Meu amigo sugeriu fazermos simulados juntos, e, durante um ano, fazíamos alguns simulados por semana para se preparar. Eu tive um desempenho melhor naquele ano por conta desse apoio, além do amplo acesso a materiais didáticos como gráficos, resumos, e às aulas online, que têm a praticidade de ficarem gravadas, caso não consiga acompanhar em tempo real”, diz.

Sem redes sociais

A mineira Maria Eliza Munhoz, que aos 18 anos conquistou o 1° lugar em Medicina na UFTM – Universidade Federal do Triângulo Mineiro – , um dos vestibulares mais concorridos de Minas Gerais conta que, durante o período de preparação, não usava as redes sociais, “Quando decidi que meu foco era entrar na faculdade, desinstalei minhas redes sociais como Instagram e TikTok. Usava apenas periodicamente, para distração e lazer, e evitava ao máximo ver vídeos ou posts sobre Vestibular, porque quando usava era realmente para distrair um pouco a cabeça e relaxar “, conta.

Foco na teoria

A estudante carioca Ana Clara Oliveira, 23, aprovada em Medicina pela UERJ, conta que é importante ter conhecimento teórico antes de estudar questões “Estudava em escola pública e percebi que a base estava muito fraca, então durante dois anos do meu preparado do vestibular corri atrás das matérias que não tive durante a escola, e só em 2023 – ano da aprovação – foquei nas questões porque já tinha uma boa base” relembra.

Redação

A redação do Enem é a parte mais temida por muitos estudantes, Leticia Fernandes, 20, estudante de medicina da UFG, atingiu nota mil na redação. Leticia buscava se atentar a teoria da redação “Pode parecer estranho, mas a redação tem teoria, ela é 30% baseada em elementos além do desenvolvimento, então buscava sempre responder na redação o o que, quem, porque e como”, explica “Sempre no final revisava e claro tinha o meu repertório coringa na redação”.

Para o seu repertório ela usava somente um, que era do sociólogo Thomas Hobbes “O Estado deve garantir o bem-estar social”, além disso a estudante aconselha usar outras coisas do cotidiano para complementar “Usar livros e séries para complementar o desenvolvimento da redação é muito bom, algo que está inserido na sua vida e faz sentido para a redação” finaliza.

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Qual a diferença entre o vestibular e Enem?

Para quem está pensando em ingressar no ensino superior, o vestibular e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) são as duas principais formas de avaliação.

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Para quem está pensando em ingressar no ensino superior, o vestibular e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) são as duas principais formas de avaliação. Você sabe qual é a diferença entre o Vestibular e o Enem?

Formato e Conteúdo: O vestibular é específico de cada instituição e pode variar em formato e conteúdo. Já o Enem é uma prova padronizada aplicada em todo o país, com questões de múltipla escolha e uma redação.

Abrangência: O vestibular é geralmente utilizado por universidades específicas para seleção de seus candidatos, enquanto o Enem é utilizado por diversas instituições, tanto públicas quanto privadas, como critério de seleção.

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Periodicidade: O vestibular pode ser realizado uma ou mais vezes por ano, dependendo da instituição, enquanto o Enem é aplicado uma vez por ano, em datas específicas estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC).

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Use o método Pomodoro para turbinar sua preparação para o Vestibular

O Método Pomodoro é projetado para melhorar a produtividade e a concentração, dividindo o trabalho em intervalos de tempo curtos e definidos.

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Método Pomodoro

O método Pomodoro é uma técnica de gestão de tempo desenvolvida por Francesco Cirillo no final dos anos 1980. Ele é projetado para melhorar a produtividade e a concentração, dividindo o trabalho em intervalos de tempo curtos e definidos, separados por breves pausas. Essa técnica pode ser muito útil para os estudantes que estão se preparando para encarar o Enem e os Vestibulares. Aqui está um resumo do método:

  • Defina uma tarefa a ser realizada: Escolha uma atividade específica que deseja realizar, pode ser uma atividade como leitura ou resolução de exercícios.
  • Defina o temporizador para 25 minutos: Este período de tempo é conhecido como um “Pomodoro”. Durante esse tempo, você se compromete a se concentrar exclusivamente na tarefa escolhida.
  • Trabalhe na tarefa até o alarme tocar: Dedique-se completamente à atividade escolhida, evitando distrações.
  • Faça uma pausa curta: Após completar um Pomodoro, faça uma pausa de 3 a 5 minutos. Use esse tempo para relaxar, levantar-se, esticar ou fazer qualquer coisa que ajude a descontrair.
  • A cada quatro Pomodoros, faça uma pausa mais longa: Após completar quatro Pomodoros consecutivos, tire uma pausa mais longa, de 15 a 30 minutos. Isso ajuda a revitalizar a mente para a próxima sessão de estudo ou trabalho.
  • Repita o processo: Continue a alternar entre períodos de trabalho focado e pausas até concluir suas tarefas.

Este método é eficaz por algumas razões:

Foco intensificado: A técnica Pomodoro promove períodos curtos de trabalho intenso, o que pode aumentar a concentração e reduzir a procrastinação.

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Gestão do tempo: Dividir o trabalho em intervalos definidos ajuda a administrar o tempo de forma mais eficaz, permitindo que você avalie melhor quanto tempo leva para concluir determinadas tarefas.

Redução da fadiga mental: As pausas regulares ajudam a evitar a exaustão mental, permitindo que você mantenha um nível constante de produtividade ao longo do dia.

Melhora da consistência: Ao estabelecer um ritmo regular de trabalho e pausas, você pode criar uma rotina mais consistente e sustentável para o seu dia.

O método Pomodoro pode ser adaptado para se adequar às suas necessidades individuais, mas a estrutura básica de trabalho concentrado seguido por pausas regulares permanece fundamental para sua eficácia.

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