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Enem: prazo para solicitar isenção da taxa de inscrição começa hoje (15/4)

O prazo, que segue até 26 de abril, vale também para justificativas de ausência na edição de 2023.

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Começa nesta segunda-feira (15) o período para solicitar a isenção da taxa de inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024. O prazo, que segue até 26 de abril, vale também para justificativas de ausência na edição de 2023.

Os interessados devem pedir a isenção pela Página do Participante, utilizando o Login Único do Gov.br. Quem não lembrar a senha da conta pode recuperá-la seguindo orientações disponíveis na própria plataforma.

Quem tem direito

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) prevê a gratuidade da taxa de inscrição do Enem para candidatos que se enquadram nos seguintes perfis:

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– Matriculados na 3ª série do ensino médio em 2024 em escola da rede pública declarada ao Censo Escolar;

– Estudante que cursou todo o ensino médio em escola pública ou como bolsista integral em escola privada;

– Pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica por serem membros de família de baixa renda, com registro no CadÚnico.

Justificativa de ausência

Segundo o Inep, quem não compareceu aos dois dias de Enem em 2023 precisa justificar a ausência caso queira participar da edição deste ano gratuitamente.

Confira o cronograma completo do Enem 2024:

– Solicitação de isenção da taxa/Justificativa de ausência: de 15 a 26 de abril

– Resultado das solicitações de isenção da taxa/Justificativa de ausência: 13 de maio

– Período de recursos: de 13 a 17 de maio

– Resultado dos recursos: 24 de maio

O exame

O Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Instituições de ensino públicas e privadas utilizam o exame para selecionar estudantes.

Os resultados são listados como critério único ou complementar em processos seletivos, além de servirem de parâmetros para acesso a auxílios governamentais, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Fonte: Agência Brasil

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Gabarito extraoficial e Correção – Enem 2024 – 1º Dia

Terminou a aplicação do 1º dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024.

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Terminou a aplicação do 1º dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024. Os candidatos poderão acompanhar a correção feita pelos professores do Curso Objetivo e conferir o gabarito extraoficial ainda hoje.

Redação

Na redação do Enem 2024, os participantes tiveram que dissertar sobre os “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”.

No próximo domingo (10), será aplicada a segunda prova desta edição com questões de ciências da natureza, matemática suas tecnologias.

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Professores analisam tema da redação do Enem 2024

Professores elogiam escolha do tema, sugerem abordagens, propostas de intervenção e apontam possíveis dificuldades

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Enem 2024

O domingo seguinte ao feriado de Finados foi marcado pelo primeiro dia do Enem 2024, previsto para receber mais de 4,3 milhões de estudantes em todo o Brasil para as provas de linguagens e ciências humanas, além da redação.

Com o tema “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”, a redação trouxe uma discussão urgente e complexa, segundo o doutor em Educação Histórica e professor no Curso e Colégio Positivo, Daniel Medeiros. “O tema da redação envolve uma discussão mais ampla, que é o da construção da identidade nacional que, no caso do Brasil, implica o problema da luta contra o racismo”, afirma.

Medeiros cita dois autores e dois argumentos para o tema. Primeiro, a questão do apagamento histórico e cultural – que, segundo ele, está entre os maiores desafios para a valorização da herança africana no Brasil. “Ele se manifesta principalmente na forma como a história do país é ensinada nas escolas, como afirma a historiadora Lilia Schwarcz, uma autora reconhecida nacionalmente por seus estudos sobre o racismo. Ela explica que a história do Brasil é contada sobre a perspectiva dos vencedores, que oculta a contribuição dos povos africanos na formação da nossa identidade – exceto por aqueles estereótipos, como a dança, a música e a gastronomia. E que esses estereótipos, inclusive, contribuem para perpetuar os preconceitos”, relata o educador.

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Para ele, outra questão importante que poderia ser abordada como argumento é o racismo institucionalizado como obstáculo à valorização da herança africana. “As desigualdades, que são evidentes e se manifestam em diversas áreas, como por exemplo no trabalho, principalmente na ocupação de cargos de destaque”, lembra o professor. Em abril de 2024, um estudo realizado pela Indique uma Preta, consultoria especializada em Diversidade & Inclusão, e a Cloo, empresa de investigação e consultoria comportamental, revelou que apenas 8% dos autodeclarados pretos e pardos ocupam cargos de liderança no ambiente em que trabalham.

A maioria da população brasileira é formada por pessoas negras: 56%, segundo dados atualizados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  O Brasil é o país com a maior população negra fora da África em números absolutos. No entanto, essa população está sub-representada em todos os âmbitos da vida social. Isso acontece porque, embora haja igualdade jurídica, há mecanismos informais de discriminação que filtram o seu acesso a oportunidades, qualificação e esferas de decisão. “Tudo isso é fruto de um longo processo histórico de discriminação – e eu citaria aqui Gilberto Freyre, um nome importante da sociologia, que diz que a miscigenação brasileira não eliminou o racismo, só o tornou mais sutil”, pontua Medeiros.

Outra característica importante da prova do Enem é a proposta de intervenção. Para Medeiros, uma sugestão interessante seria a implementação do estudo da história e cultura afro-brasileira de maneira crítica e aprofundada nas escolas brasileiras, algo que já é obrigatório no país, mas não é cumprido. “Não para reforçar os estereótipos e preconceitos, mas para combatê-los”, enfatiza.

Não surpreendeu

De acordo com a professora de Redação do Colégio Semeador, em Foz do Iguaçu (PR), Kayanna Pinter, o tema da redação deste ano é extremamente importante e que, constantemente, deve ser revisitado, pois faz parte de uma herança nacional que ainda hoje constrói a visão de mundo do brasileiro. “Além disso, um tema do qual os jovens precisam ter conhecimento para não repetir erros do passado. Em cada argumento, em cada proposta de intervenção, a partir do tema dado pela redação, é possível uma reflexão que leva à mudança social”, destaca.

Segundo ela, em termos de estrutura do tema, de palavras distratoras e de recorte, pode ser considerado um tema semelhante a outros já cobrados em outros anos. “Não diferente do que já esperávamos e trabalhamos durante todo o ano”, afirma.

Para a professora de Redação do Colégio Positivo e assessora pedagógica de Redação no Centro de Inovação Pedagógica, Pesquisa e Desenvolvimento (CIPP) da Rede de Colégios Positivo, Candice Almeida, o debate vai ajudar a refletir sobre a importância de reconhecer a contribuição africana, de valorizar essa contribuição, na formação da identidade cultural do Brasil. “É um tema que está alinhado ao debate atual de diversidade cultural, de combate ao racismo. Tem até uma lei de 2003 que determina a inclusão da história e da cultura afro-brasileira no currículo escolar”, aponta.

Como repertório, Candice indica que os candidatos poderiam trazer, por exemplo, Castro Alves, em O Navio Negreiro; e Carolina Maria de Jesus, em O Quarto de Despejo. “Inclusive, muitas bancas usam o livro dela como leitura obrigatória”, adiciona. Segundo ela, os candidatos poderiam trazer algumas legislações também: “a própria lei que obriga a estudar a cultura afro-brasileira nas escolas, a lei de igualdade racial, a lei de condenação ao racismo, sempre lembrando que se deve falar das contribuições e dos desafios para essas contribuições”, pontua.

Dificuldades

Para Candice, a maior dificuldade na prova de Redação com o tema proposto, pode ter sido o repertório. “Apesar de já termos uma legislação que obrigue o estudo da cultura africana nas escolas, muitos estudantes ainda têm pouco contato com esse conteúdo. Talvez com um ou outro tópico mais geral, mas pode ser que eles tenham mais dificuldade de trazer embasamento. “O difícil será falar exatamente dessa contribuição, da herança. Talvez eles possam tangenciar indo só por uma questão de preconceito”, expõe.

Discussão em sala de aula

O Brasil passou recentemente por grandes discussões sobre preconceito e racismo nas escolas e, segundo Candice, a abordagem desse tema na prova de Redação do Enem, como sempre, deve gerar grandes debates em sala de aula. “Isso contribui positivamente para o combate ao racismo estrutural no Brasil”, afirma.

O que vem pela frente

Como nas edições anteriores, o Enem apresentou quatro provas diferentes: azul, branca, rosa e amarela, com as mesmas questões, mas dispostas de forma diferente para evitar fraudes. O segundo dia de exames está marcado para o próximo domingo, 10 de novembro. Os candidatos terão que responder a 45 questões de matemática e 45 questões de ciências da natureza.

O gabarito oficial será divulgado no dia 20 de novembro no portal do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Os resultados finais serão divulgados no dia 13 de janeiro de 2025 na página do participante, mediante acesso individual. Na mesma página, o estudante pode ter acesso, 60 dias depois da divulgação dos resultados, à sua prova de redação.

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Tema da Redação do Enem 2024: Desafios para a valorização da herança africana no Brasil

Participantes devem escrever texto de até 30 linhas sobre a temática. Notas serão atribuídas a partir das cinco competências exigidas para redação

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Enem, redação, prova, vestibular, enem, tema de redação do Enem

Na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, os participantes deverão dissertar sobre os “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”. O texto (de até 30 linhas) precisa ser dissertativo-argumentativo. Ou seja, as ideias precisam estar embasadas por explicações fundamentadas e argumentações sobre o assunto. Os participantes também contam com textos motivadores para desenvolverem os seus conceitos.

  • O Ministério da Educação (MEC), por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), aplica o Enem 2024 neste e no próximo domingo, 3 e 10 de novembro, para mais de 4,3 milhões de participantes, em todos os estados e no Distrito Federal.

Competências e critérios – As redações são avaliadas de acordo com cinco competências e a nota pode chegar a mil pontos. Por outro lado, há critérios que conferem nota zero, como fuga ao tema, extensão total de até sete linhas, trecho deliberadamente desconectado do tema proposto, não obediência à estrutura dissertativo-argumentativa e desrespeito à seriedade do exame.

Correção – O processo de correção é monitorado pelo Inep em todas as suas etapas e segue, rigorosamente, os parâmetros estabelecidos pelo Instituto. Os textos podem passar por até quatro correções para o cálculo da média final. Os profissionais selecionados para isso atendem a critérios de formação, como graduação em letras e linguística, e formação continuada, com exigência mínima de mestrado para as funções de supervisor e subcoordenador. Além disso, é exigida experiência comprovada em coordenação de correção de produção textual em avaliação educacional, exames ou concursos.

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Enem – O Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Ao longo de mais de duas décadas de existência, o Enem se tornou a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni).

Instituições de ensino públicas e privadas utilizam o Enem para selecionar estudantes. Os resultados são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Os resultados individuais do Enem também podem ser aproveitados nos processos seletivos de instituições portuguesas que possuem convênio com o Inep para aceitar as notas do exame. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior em Portugal.

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