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O Cérebro do Vestibulando
Neurociência mostra que familiares e amigos podem auxiliar a minimizar as inúmeras ansiedades do vestibulando
Neurociência mostra que familiares e amigos podem auxiliar a minimizar as inúmeras ansiedades do vestibulando
26/05/2009
Maratona de aulas nos cursinhos, dúvidas em relação à profissão que se quer seguir e a universidade onde estudar, questionamentos em relação ao Novo Enem. Além de todas estas preocupações, o adolescente vestibulando ainda lida com mudanças no corpo e… No cérebro! Isso mesmo. A comprovação vem da neurociência, área científica que estuda o sistema nervoso, especialmente a anatomia e a fisiologia do cérebro.
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Os estudos da neurociência podem auxiliar familiares e professores a compreenderem as dificuldades de um vestibulando na fase da adolescência. A estratégia já tem sido aplicada pelo psicólogo e especialista em Psicopedagogia Ivo Carraro, coordenador de atendimento ao aluno do Curso Positivo. Carraro ministra palestras sobre o tema para pais, instrui professores e aconselha alunos por meio da neuropsicologia.
Para dar conta do novo corpo que está se transformando aceleradamente, o cérebro de um adolescente passa por adaptações em sua estrutura. As principais alterações acontecem em uma região chamada neocórtex, justamente o local onde está o pensamento racional, que influencia nos hábitos de estudo. Como se não bastasse, os hormônios da sexualidade e do crescimento estão em polvorosa. De acordo com o psicólogo Ivo Carraro, todo este contexto dificulta o trajeto do aluno rumo às provas vestibulares e, por isso, professores e familiares devem estar atentos a estas mudanças.
O professor Ivo Carraro explica que as alterações que se dão no cérebro do jovem, nesta fase, fazem com que ele se torne mais impulsivo do que racional passe a ter mais dificuldade de atenção nas aulas e necessite de estímulos maiores para se dedicar aos estudos. “O professor precisará usar o cérebro dele, que já está formado, para dar uma aula atrativa, clara e que faça sentido ao aluno. É importante também que o jovem se espelhe neste professor para formar o próprio cérebro, pela teoria dos neurônios-espelhos”, esclarece Carraro.
Mudanças significativas acontecem em uma região cerebral chamada centro de recompensa. Segundo Carraro, essas alterações podem influenciar naqueles momentos que deveriam ser reservados para o estudo em casa. “As mudanças nesta região fazem, por exemplo, com que o aluno goste de música em alto volume mesmo nos momentos de leitura, o que pode dificultar nos hábitos de estudo”, comenta o coordenador de atendimento ao aluno do Curso Positivo, que acrescenta: “Nessa hora, é necessário que o pai seja o limite, e a mãe a segurança”.
A escolha da profissão – A insegurança também é uma consequência das alterações ocorridas no cérebro do adolescente, segundo a neuropsicologia. “A falta de confiança faz com que, muitos deles, mudem de ideia várias vezes e, assim, tenham dificuldades em definir uma profissão a seguir”, comenta Ivo Carraro. O professor percebe isso claramente nos mais de mil atendimentos anuais que faz no Curso Positivo.
Por meio de princípios da neuropsicologia, o professor auxilia os vestibulandos a encontrarem um caminho profissional. “Não é um teste vocacional, mas uma pesquisa de personalidade para que, com a ajuda da ciência, o aluno consiga definir melhor a carreira a seguir”, explica o psicólogo.
Além dos atendimentos que o professor faz aos alunos, diariamente, Ivo Carraro realiza, em todo o início de ano letivo, no Curso Positivo, uma palestra voltada aos pais, explicando por meio de figuras e gráficos como ocorrem as mutações no cérebro do vestibulando e como a família pode auxiliá-lo a ter êxito neste período da vida.
* Sobre o Curso Positivo – Fundado em dezembro de 1972, em Curitiba, o Curso Positivo foi a primeira célula do Grupo Positivo. Hoje, possui duas sedes: a Sede Batel e a Sede Centro. No começo dos anos 70, preparar alunos para o vestibular de forma sistematizada e com material didático próprio, organizado e impresso profissionalmente era uma grande novidade no Paraná. A originalidade, a qualidade e a visão sistêmica do ensino
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Por que visitar faculdades antes do vestibular é importante para o seu futuro?
Durante os preparativos para o vestibular, visitar faculdades diferentes acaba ficando no final da lista. Por que deveria estar no início?

Por: Sarah Fukuyama Ataíde
Alguns rituais de entrada no ensino superior parecem insignificantes quando os jovens do último ano do Ensino Médio têm tantas coisas para fazer. Entre estudar para as provas de vestibular, descansar, ter (o pouco possível que a rotina de vestibulando permite) vida social e pesquisar sobre o que você quer fazer nos próximos anos, parece que o tempo fica curto para realmente visitar faculdades de maneira presencial. Contudo, talvez seja a falta desse pequeno hábito que esteja tornando a sua escolha de faculdade ou curso mais difícil e desgastante.
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Com tantas opções à sua disposição e um relógio cada vez mais visível dizendo “Você precisa decidir qual vai ser a sua profissão!”, é fácil se perder e acabar escolhendo uma graduação que não combina com você, em uma faculdade que não combina com você e (como se não bastasse) em um campus que não combina com você. Como, então, os estudantes podem adotar o hábito de visitar faculdades antes da época de provas como uma maneira de fazer escolhas profissionais e acadêmicas mais assertivas e leves?

Grupo de estudantes meninos pesquisando faculdades. Créditos: Mushvig Niftaliyev / Unsplash
O que são visitas a faculdades e quais são os seus diferentes modelos?
Se você segue nas redes sociais algumas universidades que tenham te interessado nessa fase de procura de cursos, é capaz que tenha se deparado com alguma postagem convidando os vestibulandos ou futuros alunos a passarem um dia no campus, presenciarem alguma palestra com a equipe da graduação, frequentarem uma tarde de oficinas sobre os cursos oferecidos, ou fazerem uma visita guiada ao ambiente de estudos oferecido pela instituição em questão. Da próxima vez que isso acontecer, não role o feed tão rápido, se atente à proposta, pois pode ser que frequentar por um tempo o ambiente onde você tem a intenção de passar os próximos quatro anos te ajude a ter mais certeza da sua decisão, ou a descartar a possibilidade e procurar novos caminhos.
Muitas instituições costumam convidar os futuros vestibulandos para eventos na faculdade, por saberem muito bem o quão difícil é entender na prática como uma profissão funciona. Workshops e oficinas dão ao estudante uma visão de como é o dia a dia do profissional atuante, enquanto visitas às dependências do local de ensino mostram como é a vida acadêmica dos alunos e o que esperar do espaço oferecido pela universidade. Têm também as palestras que apresentam o curso, em que os convidados profissionais contam sobre as suas vivências na formação superior e no mercado de trabalho.
Todas essas modalidades são ótimas propostas para expandir os horizontes de escolha do jovem que está em um processo muito conflitante de mudanças de vida e rotina. Mas não se prenda a participar apenas de programações da sua primeira opção: visitar outras faculdades e outros cursos é primordial para fazer boas comparações e conhecer outras propostas, além de ser importante para evitar arrependimentos e dúvidas que podem surgir durante o primeiro ano de graduação. Afinal, todas essas visitas são sem compromisso, então nada te impede de aproveitá-las ao máximo.

Adolescentes visitando uma universidade. Créditos: Limbo Hu U / Unsplash
Como aproveitar ao máximo as visitas para escolher bem o seu curso?
Caso você esteja participando de uma visita guiada à instituição de ensino, modelo no qual há um instrutor da própria faculdade apresentando o espaço para possíveis novos alunos, é interessante perguntar sobre grades horárias, logística no ambiente, restaurantes ou refeitórios que se enquadram nas suas condições de consumo, professores, contato e comunicação entre aluno e coordenação, ou o que mais te aflija e seja importante para a sua tomada de decisões.
Outra maneira positiva de encontrar boas informações sobre o lugar onde você quer estudar é conversar com pessoas que já estão fazendo o curso que você tem em mente, no lugar que você tem em mente. Conversar com veteranos pode te dar dicas de como aproveitar a faculdade, pois eles são capazes de fazer sugestões de bibliotecas, laboratórios e outros lugares legais para frequentar dentro da universidade. Perguntar é sempre um ponto de extrema importância na hora de decidir uma graduação, pois você vai passar entre quatro anos ou mais no local que escolheu e se sentir bem te ajudará a manter uma ótima graduação.
A caloura no curso de Licenciatura em Letras pela UFPE, Bruna Machado, fala sobre como visitar a sua atual faculdade foi um momento decisivo para seguir com seus planos de entrar em sua área de estudos atual. “Já pensei em Jornalismo e em algumas outras coisas que conversam um pouco como Psicologia, Pedagogia. Mas Letras faz o meu coração bater um pouco mais rápido”. Ela segue discursando: “A visita para a UFPE foi um marco muito importante no meu 3° ano, e eu gosto de lembrar disso porque a escola preparou essa visita em outubro, mas eu acho que teria mudado mais a cabeça de muita gente se ela tivesse sido feita antes”.
A mais nova universitária começou a fazer cursos no campus da Universidade Federal de Pernambuco, como o de Libras, antes mesmo de ingressar na rotina acadêmica normal, o que, segundo ela, foi importante para conhecer pessoas e se aprofundar um pouco nas linguagens antes do curso começar de fato. “Minha ficha só caiu mesmo de que eu queria estar na Federal quando eu fui nessa visita de campus, então, foi muito decisivo. Foi a época em que eu mais fiquei focada e obstinada no meu objetivo”.

Procurar novas possibilidades é um hábito saudável para o vestibulando. Créditos: Zoshua Colah / Unsplash
Como aproveitar ao máximo as visitas para escolher bem o seu curso?
Muitas universidades disponibilizam em seus sites formas de contato para agendar visitas durante todo o ano letivo, então pesquisar formas de visitação no site da faculdade que você quer conhecer é o primeiro passo. Durante os períodos que antecedem os vestibulares de inverno e de final de ano, porém, os centros universitários preparam programações especiais para a captação de novos alunos e publicam essas chamadas em suas redes sociais. Seguir e acompanhar os portais de notícias da universidade visada por você é interessante para te manter atento aos eventos oferecidos por ela.
Em universidades públicas, feiras literárias, culturais e científicas são muito comuns, além de serem espaços grandes e abertos para passeios, já que muitas vezes são “cidades universitárias”. Sugerir uma visita à faculdade de seu interesse para a sua escola é uma ótima ideia, pois não apenas você, mas os seus colegas também, poderão conhecer novos lugares durante os anos de Ensino Médio.
Por fim, vale salientar que não é preciso esperar a época de escolha profissional para começar a visitar faculdades diferentes: quanto mais cedo isso for feito, mais cedo você pode se decidir e começar a focar no vestibular do seu interesse de uma maneira mais tranquila e organizada. Afinal, a decisão do “Para onde eu vou?” já foi feita, e a partir daí, é só se perguntar “O que fazer para passar nesse vestibular?”.

Manter-se informado é essencial. Créditos: Maria Dilley / Dupe
Créditos da imagem destacada: Casey Tucker / Unsplash
Este texto foi redigido por Sarah Fukuyama Ataíde.
Sarah é jornalista em formação pela Faculdade Cásper Líbero e a mais nova redatora do sejabixo!
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