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Dicas de Preparação

A nova Lei para Cotas Universitárias

Tire todas as dúvidas sobre esta Lei que está na boca dos vestibulandos em entrevista com a Profª Dr.ª Clarice Assalim, da Faculdade de Direito de São Bernardo Do Campo

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Tire todas as dúvidas sobre esta Lei que está na boca dos vestibulandos em entrevista com a Profª Dr.ª Clarice Assalim, da Faculdade de Direito de São Bernardo Do Campo

06/11/2012

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Sempre pensando em ajudar e manter informados os vestibulandos, nós do portal sejabixo! fizemos uma entrevista especial sobre um tema polêmico: Nova Lei de Cotas Universitárias.

Confira a seguir, esta entrevista com a Prof.ª Dr.ª Clarice Assalim, da Faculdade de Direito de São Bernardo Do Campo e saiba tudo sobre esta nova lei.

* sejabixo! O que vem a ser a Lei de Cotas?

Prof.ª Dr.ª Clarice Assalim – A Lei de Cotas (Lei 12.711/2012, regulamentada pelo decreto presidencial do dia 11 de outubro de 2012) estabelece que, a partir de 2013, as universidades e institutos federais de ensino superior, além dos institutos federais de nível médio terão de destinar 12,5% das suas vagas para alunos cotistas, devendo esse percentual chegar a 50% em quatro anos.

De acordo com a lei, metade das vagas será de ampla concorrência, já a outra metade será reservada por critério de raça, renda familiar e rede de ensino.

Em relação ao critério “rede de ensino”, para os cursos de ensino superior, as vagas reservadas serão destinadas somente aos candidatos que tiverem cursado todos os anos do ensino médio em escola pública. No caso dos cursos de ensino médio, esses candidatos devem ter cursado todos os anos do ensino fundamental em escola pública. Desses 50% das vagas reservadas a alunos cotistas, metade delas (ou seja, 25% do total de vagas oferecidas pela escola) será destinada a candidatos provenientes de famílias com renda igual ou inferior a 1,5 salário mínimo per capita. Já para o critério raça, o percentual variará em cada unidade da Federação, em função da proporção de pessoas negras, pardas ou indígenas referente ao estado em que está a instituição de ensino.

Observe que esse cálculo é feito levando em consideração apenas as vagas reservadas pela lei, ou seja, a cota racial está dentro da cota social de 50% das vagas. Os estudantes da cota racial, então, devem também preencher o requisito de ter estudado em escola pública.

De acordo com dados fornecidos pelo G1, “a cota de 50% só deverá ser implantada por todas as universidades e institutos federais no segundo semestre de 2016. No entanto, a lei exige que, até lá, as instituições apliquem pelo menos 25% da reserva de vagas prevista no texto a cada ano. Isso significa que, a partir de 2013, uma instituição com 1.000 vagas abertas deverá reservar 12,5% delas para estudantes de escolas públicas, sendo que 7,25% das vagas serão para estudantes de escola pública com renda familiar de até 1,5 salário mínimo per capita e uma porcentagem definida pelo Censo do IBGE para estudantes de escola pública que se autodeclarem pretos, pardos ou indígenas”.

* sejabixo! Na sua opinião, as universidades têm capacidade e estrutura para atender às ordens dessa Lei?

Prof.ª Dr.ª Clarice Assalim – Claro que, se metade das vagas estarão reservadas para alunos cotistas, as escolas deverão estar aptas, do ponto de vista estrutural, para recebê-los, por exemplo, aumentando e atualizando o acervo de suas bibliotecas, oferecendo alojamento e restaurante universitário.

Suponha o seguinte caso: o aluno, extremamente esforçado e estudioso, que estudou a vida inteira numa escola estadual, entra numa universidade pelo sistema de cotas e vai cursar medicina, odonto ou engenharia. Quem vai custear os estudos desse aluno? Mesmo a universidade sendo gratuita, os livros e materiais usados nessas áreas são caríssimos. Como ele vai comprar um livro de duzentos, trezentos reais? Uma calculadora científica? Como vai se manter o dia inteiro dentro da universidade?

Não bastará o aluno cotista entrar na faculdade: para que ele lá permaneça, além de um esforço maior do que o daqueles que tiveram educação básica de qualidade, esse aluno precisará contar com outras políticas públicas que lhe deem essas condições de

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Blog do Vestibulando

Por que visitar faculdades antes do vestibular é importante para o seu futuro?

Durante os preparativos para o vestibular, visitar faculdades diferentes acaba ficando no final da lista. Por que deveria estar no início?

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Garoto visitando universidades

 Por: Sarah Fukuyama Ataíde 

 

 Alguns rituais de entrada no ensino superior parecem insignificantes quando os jovens do último ano do Ensino Médio têm tantas coisas para fazer. Entre estudar para as provas de vestibular, descansar, ter (o pouco possível que a rotina de vestibulando permite) vida social e pesquisar sobre o que você quer fazer nos próximos anos, parece que o tempo fica curto para realmente visitar faculdades de maneira presencial. Contudo, talvez seja a falta desse pequeno hábito que esteja tornando a sua escolha de faculdade ou curso mais difícil e desgastante. 

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 Com tantas opções à sua disposição e um relógio cada vez mais visível dizendo “Você precisa decidir qual vai ser a sua profissão!”, é fácil se perder e acabar escolhendo uma graduação que não combina com você, em uma faculdade que não combina com você e (como se não bastasse) em um campus que não combina com você. Como, então, os estudantes podem adotar o hábito de visitar faculdades antes da época de provas como uma maneira de fazer escolhas profissionais e acadêmicas mais assertivas e leves? 

Estudantes pesquisando faculdades

Grupo de estudantes meninos pesquisando faculdades.  Créditos: Mushvig Niftaliyev / Unsplash

 O que são visitas a faculdades e quais são os seus diferentes modelos? 

 Se você segue nas redes sociais algumas universidades que tenham te interessado nessa fase de procura de cursos, é capaz que tenha se deparado com alguma postagem convidando os vestibulandos ou futuros alunos a passarem um dia no campus, presenciarem alguma palestra com a equipe da graduação, frequentarem uma tarde de oficinas sobre os cursos oferecidos, ou fazerem uma visita guiada ao ambiente de estudos oferecido pela instituição em questão. Da próxima vez que isso acontecer, não role o feed tão rápido, se atente à proposta, pois pode ser que frequentar por um tempo o ambiente onde você tem a intenção de passar os próximos quatro anos te ajude a ter mais certeza da sua decisão, ou a descartar a possibilidade e procurar novos caminhos.

 Muitas instituições costumam convidar os futuros vestibulandos para eventos na faculdade, por saberem muito bem o quão difícil é entender na prática como uma profissão funciona. Workshops e oficinas dão ao estudante uma visão de como é o dia a dia do profissional atuante, enquanto visitas às dependências do local de ensino mostram como é a vida acadêmica dos alunos e o que esperar do espaço oferecido pela universidade. Têm também as palestras que apresentam o curso, em que os convidados profissionais contam sobre as suas vivências na formação superior e no mercado de trabalho. 

 Todas essas modalidades são ótimas propostas para expandir os horizontes de escolha do jovem que está em um processo muito conflitante de mudanças de vida e rotina. Mas não se prenda a participar apenas de programações da sua primeira opção: visitar outras faculdades e outros cursos é primordial para fazer boas comparações e conhecer outras propostas, além de ser importante para evitar arrependimentos e dúvidas que podem surgir durante o primeiro ano de graduação. Afinal, todas essas visitas são sem compromisso, então nada te impede de aproveitá-las ao máximo. 

Jovens visitando uma universidade

Adolescentes visitando uma universidade. Créditos: Limbo Hu U / Unsplash

Como aproveitar ao máximo as visitas para escolher bem o seu curso? 

 Caso você esteja participando de uma visita guiada à instituição de ensino, modelo no qual há um instrutor da própria faculdade apresentando o espaço para possíveis novos alunos, é interessante perguntar sobre grades horárias, logística no ambiente, restaurantes ou refeitórios que se enquadram nas suas condições de consumo, professores, contato e comunicação entre aluno e coordenação, ou o que mais te aflija e seja importante para a sua tomada de decisões. 

 Outra maneira positiva de encontrar boas informações sobre o lugar onde você quer estudar é conversar com pessoas que já estão fazendo o curso que você tem em mente, no lugar que você tem em mente. Conversar com veteranos pode te dar dicas de como aproveitar a faculdade, pois eles são capazes de fazer sugestões de bibliotecas, laboratórios e outros lugares legais para frequentar dentro da universidade. Perguntar é sempre um ponto de extrema importância na hora de decidir uma graduação, pois você vai passar entre quatro anos ou mais no local que escolheu e se sentir bem te ajudará a manter uma ótima graduação. 

 A caloura no curso de Licenciatura em Letras pela UFPE, Bruna Machado, fala sobre como visitar a sua atual faculdade foi um momento decisivo para seguir com seus planos de entrar em sua área de estudos atual. “Já pensei em Jornalismo e em algumas outras coisas que conversam um pouco como Psicologia, Pedagogia. Mas Letras faz o meu coração bater um pouco mais rápido”. Ela segue discursando: “A visita para a UFPE foi um marco muito importante no meu 3° ano, e eu gosto de lembrar disso  porque a escola preparou essa visita em outubro, mas eu acho que teria mudado mais a cabeça de muita gente se ela tivesse sido feita antes”. 

 A mais nova universitária começou a fazer cursos no campus da Universidade Federal de Pernambuco, como o de Libras, antes mesmo de ingressar na rotina acadêmica normal, o que, segundo ela, foi importante para conhecer pessoas e se aprofundar um pouco nas linguagens antes do curso começar de fato. “Minha ficha só caiu mesmo de que eu queria estar na Federal quando eu fui nessa visita de campus, então, foi muito decisivo. Foi a época em que eu mais fiquei focada e obstinada no meu objetivo”.  

Procurar novas possibilidades é um hábito saudável para o vestibulando

Procurar novas possibilidades é um hábito saudável para o vestibulando. Créditos: Zoshua Colah / Unsplash

Como aproveitar ao máximo as visitas para escolher bem o seu curso? 

 Muitas universidades disponibilizam em seus sites formas de contato para agendar visitas durante todo o ano letivo, então pesquisar formas de visitação no site da faculdade que você quer conhecer é o primeiro passo. Durante os períodos que antecedem os vestibulares de inverno e de final de ano, porém, os centros universitários preparam programações especiais para a captação de novos alunos e publicam essas chamadas em suas redes sociais. Seguir e acompanhar os portais de notícias da universidade visada por você é interessante para te manter atento aos eventos oferecidos por ela. 

 Em universidades públicas, feiras literárias, culturais e científicas são muito comuns, além de serem espaços grandes e abertos para passeios, já que muitas vezes são “cidades universitárias”. Sugerir uma visita à faculdade de seu interesse para a sua escola é uma ótima ideia, pois não apenas você, mas os seus colegas também, poderão conhecer novos lugares durante os anos de Ensino Médio. 

 Por fim, vale salientar que não é preciso esperar a época de escolha profissional para começar a visitar faculdades diferentes: quanto mais cedo isso for feito, mais cedo você pode se decidir e começar a focar no vestibular do seu interesse de uma maneira mais tranquila e organizada. Afinal, a decisão do “Para onde eu vou?” já foi feita, e a partir daí, é só se perguntar “O que fazer para passar nesse vestibular?”. 

Manter-se informado é essencial

Manter-se informado é essencial. Créditos: Maria Dilley / Dupe

 

Créditos da imagem destacada: Casey Tucker / Unsplash 

 

Este texto foi redigido por Sarah Fukuyama Ataíde.

Sarah é jornalista em formação pela Faculdade Cásper Líbero e a mais nova redatora do sejabixo! 

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Destaque

O que é preciso para fazer vestibular em 2024?

Veja como funciona um vestibular e quem pode participar do processo seletivo.

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Quem for prestar vestibular em 2024 poderá optar por ingressar no 2º semestre deste ano ou no 1º semestre de 2025. Mas, afinal, o que é necessário para fazer vestibular em 2024?

Para os interessados no vestibular 2024/2, é fundamental já ter concluído o Ensino Médio. Sem isso, a matrícula não poderá ser realizada, mesmo que o candidato seja aprovado no vestibular.

O vestibular 2025 também é uma opção para quem está concluindo o Ensino Médio este ano.

O que é preciso para fazer vestibular em 2024?

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Um vestibular funciona da seguinte forma:

  1. Publicação do edital com as regras do processo seletivo, formas de ingresso, vagas, datas, valores das taxas e conteúdo programático (que é o que cai no vestibular);
  2. Período de inscrições;
  3. Confirmação das inscrições;
  4. Divulgação dos locais de prova;
  5. Aplicação das provas;
  6. Divulgação dos resultados;
  7. Matrículas.

Recomendamos que acompanhe as instituições de seu interesse, pois essas informações são sempre publicadas em seus sites.

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Destaque

Vai prestar vestibular? Faça o seu melhor!

O que fazer, além de ter que dar conta num grande volume de conteúdo a ser estudado?

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vestibular

Muitas emoções e preocupações estão presentes na rotina de quem vai prestar vestibular, além de ter que dar conta de um grande volume de conteúdo a ser estudado. O que fazer?

Faça o seu melhor. Estude, se programe, treine com simulados, leia os livros recomendados e faça o vestibular. Se não der certo, veja onde errou, tente de novo. A disciplina é a chave para o sucesso.

Não é o fim do mundo não passar de primeira.

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“Um sonho custa caro, mas desistir custa um sonho”.

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